tag:blogger.com,1999:blog-12782363375738105982024-03-08T11:22:21.346-08:00Observatório de Direitos Indigenas - ODIN/CINEPO ODIN se propõe a atuar na promoção e defesa dos Direitos Indígenas, bem como pesquisar e analisar a situação indigena brasileira e se o Brasil de fato está implementando a Convenção n° 169 da OIT bem com a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas.Unknownnoreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-7023262405413071632012-11-13T11:51:00.003-08:002012-11-13T11:51:29.075-08:00Povos Indígenas do Brasil: Ontem, Hoje e o Amanhã<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16.0pt;">Povos Indígenas do
Brasil<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ontem, Hoje e o
Amanhã<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos milhares quando os
portugueses aqui chegaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tínhamos nossas crenças,
nossas tradições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não conhecíamos a pneumonia
nem outras doenças alienígenas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos ricos. Nossas
riquezas eram traduzidas em diversidade de línguas, tradições e rituais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos ricos, pois tínhamos
tudo do que precisávamos em abundância. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nossos rios eram límpidos,
como o mais puro dos cristais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Carne, batata, milho, peixe,
sustentavam a todos nós. Não havia nenhum, pobre ou miserável entre nossa
gente. Do que tínhamos todos desfrutavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não havia naquela época,
desabrigados, pois todos nós poderíamos construir nossas casas onde bem
quiséssemos, pois não havia limites territoriais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos ricos. Nossas
riquezas eram nossos filhos a beira do fogo, contando nossas aventuras e
desventuras nas lutas contra animais selvagens ou seres que viviam ou protegiam
as florestas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nossa gente conquistava
terras e territórios dos nossos contemporâneos, mas as lutas não eram
desiguais. Não havia em nosso meio a dissimulação, o engano, a malandragem. O
jeitinho brasileiro ainda não tinha chegado nessas terras indígenas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Naqueles tempos as armas dos
nossos inimigos eram como as nossas: era o arco e flecha, a zarabatana, a
borduna ou tacape. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos ricos. Nossas
riquezas eram o respeito aos velhos e o amor às crianças. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos ricos. Nossas
riquezas eram nossas liberdades, nossas autonomias e soberanias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Éramos ricos. Nadávamos nas
centenas de rios e igarapés. Corríamos toras, jogávamos petecas. Tínhamos
nossas lutas, danças, nossas brincadeiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Naqueles tempos! Oh que
tempos !<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nhanderu Tupã nos deu um
paraíso, um jardim, não o Éden de Adão. Mas nem por isso não era o nosso Jardim
de delicias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No outro Jardim, dalém de
nosso Jardim um casal fora enfeitiçado por uma serpente e acabou comendo do
fruto proibido, vindo sobre toda gente a grande maldição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em nosso jardim chegou três
imensas e belas canoas. Há se soubéssemos que eram belos por fora, mas que por
dentro tinha a grande maldição não teríamos deixado atracar em nossas terras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pois nesses grandes barcos
eles estavam trazendo para nossa gente a morte, o desprezo, a humilhação. Tudo mudou desde então. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nossa glória se foi naquele
fatídico dia<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Daquele dia em diante nossas
mulheres foram estupradas, nossos líderes foram mortos, nossas terras foram
roubadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Perdemos nossas liberdades,
nos tornamos escravos. Consideraram-nos sem Deus, sem lei e sem almas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Fomos usurpados de tudo o
que tínhamos. Até os nossos cemitérios foram vilipendiados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Perdemos o direito de
praticar nossos rituais, de falar nossas línguas, de exercer nossa jurisdição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Consideram-nos culturas
inferiores, relativamente incapazes.
Compararam-nos aos menores de idade, pior, nos consideram imbecis
oligofrênicos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Até açúcar envenenado nos
deram a comer. Cobriram nossa gente com roupas contendo vírus da gripe, do
sarampo e da varíola. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Queimaram nossas casas.
Fomos expulsos de nossas terras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nossas habitações eram até
onde nos dispuséssemos a conhecer e a dominar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas os estrangeiros nos
colocaram em reservas e denominaram de aldeias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O agora<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">De toda nossa terra,
restaram agora para nossa sobrevivência física e cultural cerca de 10%. Quase
90% ficaram para os descendentes daqueles nossos algozes; e ainda dizem que é
muita terra para poucos índios. Terras, aliás, que não são nossas, são bens da
União.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Pausa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine chegando hoje no
Brasil, submarinos, aviões, bombas teleguiadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine esses alienígenas
dizendo que o português não é língua que deve ser falada, pois é inculta,
Bárbara ou selvagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine obrigando todos os
brasileiros a cultuarem uma fé estranha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine o novo conquistador
dizer que nós, os brasileiros, não temos alma, não somos gente. Que somos
inferiores e por isso podem nos fazer escravos, tomar nossas mulheres e nossos
filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine eles chegarem e
tirar nossa jurisdição. Dizerem que nossos tribunais são apenas costumes ou
tradições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Destituirem nossa
organização política e social. Retirarem nossos parlamentares e até mesmo nossa
presidenta do Brasil e nomearem alguém deles, e indicarem juízes para dirimir
nossos conflitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eles não teriam limites.
Diriam que não precisamos de terras, que iriam deixar para nos apenas 10%. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eles diriam onde fica o
Congresso Nacional, os Tribunais Superiores e o Palácio do Planalto, e que tais
instituições são para eles de interesse público ou mesmo de interesse mundial. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nenhum brasileiro teria
assento no Congresso Nacional, nenhum brasileiro seria juiz ou ministro. Os
brasileiros não teriam acesso às universidades, nem seriam gerentes ou
diretores das empresas particulares ou públicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quando algum assunto
importante para os brasileiros fosse tratado no âmbito interno ou
internacional, não seriam os brasileiros que iriam falar ou defender seus
direitos, pois seriam relativamente incapazes. Quem iria falar em nome dos
brasileiros seriam os novos senhores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imaginem se eles achassem
que por sermos hoje quase duzentos milhões de pessoas, deveríamos diminuir
numericamente, até mesmo a deixamos de existir.
E dessem a nós brasileiros roupas contaminadas com vírus e bactérias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine ainda eles dizerem
que para o desenvolvimento da Europa, da América ou mesmo do mundo, precisam
tornar nossos rios navegáveis, precisam passar estradas, ferrovias em nossas
terras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine onde hoje é o
Maracanã, o Morumbi, o Santuário de Aparecida, a Matriz de Trindade, o Cristo
Redentor ser para eles importantes, pois precisam desses lugares para
implementar o Plano de Aceleração do Crescimento – PAC. Que isso é<i> </i>necessário
para o bem da humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eles iriam prosseguir,
dizendo que era para acabar com o carnaval em todos os estados do Brasil,
principalmente o do Rio de Janeiro e o da Bahia, para dar lugar a novas festas
e tradições estrangeiras. Pois essas festas do Brasil são tudo crendice. Não
tem importância. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas o abuso desses
estranhos, malvados sem corações não tem limites. A cobiça deles não tem fim,
sempre querem mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dizem que os médicos
brasileiros são bruxos ou feiticeiros. Pois a educação brasileira não é
educação é tudo bobagem é crendice, pois nos os brasileiros não temos Deus nem
alma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Realmente esse povo que veio
do outro lado do oceano não tem misericórdia nem compaixão. Eles querem mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Agora dizem que nossa
agricultura é insignificante, que somos preguiçosos e que temos muitas terras.
Eles querem plantar soja em grande quantidade, querem criar gado em nossas
terras. Enfim precisam de nossas terras. Que vão enviar para nossas terras
colonos vindos do oriente e ou de outros lugares distantes. Pois o Brasil está
desabitado, que acabou de ser descoberto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Agora nos os brasileiros
vamos viver às margens das rodovias, das fazendas, pois eles se tornaram donos
de nossas terras. Se tentarmos adentrar nossas terras eles vão atirar em nos,
vão nos expulsar, pois eles agora tem títulos sobre o Brasil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine que a Europa, a
América e a Igreja repartiram nossas terras e deram a eles títulos e
registraram nos cartórios deles. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Imagine ainda, que vão tirar
retirar de nosso subsolo diamante, ouro e outros minérios, pois são bens
pertencentes à UNIÃO ESTRANGEIRA.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não adianta brigarmos,
afirmar que essa terra é nossa a mais de 500 anos. Se resistirmos, eles vãos
aos tribunais nacionais ou internacionais, não importa onde, pois quem julga
são eles. Lá não tem um único brasileiro.
Na verdade nesses lugares de decisões nem mesmo se falam português. Eles falam
em línguas desconhecidas de nos todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Eles dizem que nos somos
feios, cheiramos mal. Não temos cultura. Que merecemos a morte. Ou que devemos
ser expulsos do Brasil. Tem muitas terras fora do Brasil, portanto devemos nos
mudar sair daqui, somos pessoas não gratas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O agora continua<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E assim que estamos hoje.
Nossa realidade é assim:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nós os povos indígenas do
Brasil, somos considerados intrusos em nossas terras ancestrais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quem decide nossas vidas
políticas, sociais, econômicas são sempre os outros. Não estamos no Judiciário,
no Legislativo Federal, nem no Executivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quem nos julga são os
outros. Quem legisla sobre nós são os outros, quem administra nossas vidas são
os outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Em nossas terras criam gado,
plantam soja, constroem locais para lazer. Trafegam sobre nossos rios sagrados.
Fazem bases militares em nossos cemitérios e em outros lugares sagrados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Extraem as riquezas do nosso
solo e subsolo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nós somos os índios do
Brasil de 2012. Somos Guarani, Kaiowá, Karajá, Pankararu, Xipaia, Kaingang,
Xavante, Apinajé, Kuikuro e outras centenas de povos com línguas, costumes,
crenças e tradições e jurisdição própria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vivemos na Terra Indígena
Raposa Serra do Sol, no Parque Indígena do Xingu, nas diminutas terras de São
Paulo, Santa Catarina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vivemos às margens das
rodovias, das fazendas que são na verdade nossas terras tradicionais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vivemos em milhares em
poucos hectares de terras na região de Dourados no Mato Grosso do Sul. Vivemos
em casas de lonas pretas, pois não nos permitem nem mesmo tirarmos palhas para
construir nossas ocas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Não nos deixam tomar banhos
em nossos rios, cachoeiras. Não nos deixam viver...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O amanhã<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Temos
esperança e fé no amanhã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Esperança
e fé que nossos direitos serão efetivados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Que
os comandos constitucionais não sejam apenas letras frias para nossa gente, mas
que saiam do papel e alcancem os corações dos juízes que ao analisar nossas
questões saibam que temos culturas diferenciadas. Que terra para nos não tem
valor econômico, mas espiritual e coletivo, e é a garantia de nossa
sobrevivência futura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Que o Congresso Nacional
trate os índios com respeito e não como fez o Deputado Édio Lopes em recente
entrevista divulgada no jornal “A Crítica” ao dizer que os índios podem ser
consultados, mas quem vai decidir é o Congresso Nacional<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/WINDOWS%20XP/Desktop/povosind%C3%ADgenas.doc#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>.
Infelizmente não temos deputados nem senadores, mas queremos ser respeitados e
queremos ter sim o poder de decisão sobre nossos interesses. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Temos esperança e fé que o
Executivo não mais vai lutar contra nossos direitos como tem feito a AGU e até
mesmo a Presidenta Dilma ao enviar a decisão sobre a demarcação de nossas
terras para o Ministério de Minas e Energia para atender interesses da classe
empresarial e agrária do Brasil contra os interesses dos índios do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Acreditamos que as terras
dos Guarani-Kaiowá serão devidamente demarcadas por ser de direito. E não
somente as terras deles, mas todas as terras dos índios do Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Temos fé e esperança que
voltaremos a sorrir como naqueles tempos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nosso amanhã só será possível
se vocês advogados, juízes, antropólogos, acadêmicos, deputados, senadores,
cientistas sociais, religiosos, torcedores dos times brasileiros,
administradores em geral, Povo brasileiro, nos aceitar como gente, como
culturas vivas, como pessoas humanas apenas, nem melhores nem piores, apenas
gente. Diferentes sim, mas iguais em corpo, alma e espírito. Que somos sujeitos
dos direitos fundamentais contidos na Constituição Federal de 1988, e que
portanto somos sujeitos de direito e, por conseguinte, do direito à vida com
dignidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dignidade para nós é ter
garantido nossas terras para a sobrevivência física e cultural das nossas
presente e futura gerações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O reconhecimento de nossos
direitos individuais e coletivos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O direito de continuarmos
sendo índios, brasileiros, humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="" name="_GoBack"></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Essas
breves linhas não são versos, nem prosas, poesias ou poemas. Não tenho dom e
nem pretensão para isso. Trata-se apenas de reflexão de alguém que carrega na
alma a alegria, tristezas, decepções, sonhos, esperança e fé em um Brasil
indígena realmente justo e pluricultural, que respeite a diversidade. Sou um
indígena brasileiro que clama para que os direitos indígenas contidos na
Constituição Federal de 1988, na Convenção nº 169/OIT, na Declaração das Nações
Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas e no Estatuto do Índio, sejam
respeitados, em especial dos irmãos indígenas Kaiowá do Mato Grosso do Sul.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Vilmar Martins Moura Guarany<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">Indígena da Etnia Guarani da (Ilha do Bananal/TO)<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/WINDOWS%20XP/Desktop/povosind%C3%ADgenas.doc#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">Bacharel e Mestre em Direito Econômico e Socioambiental
- PUC/PR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">Prof. de Direito Civil, Agrário e Direito
Indigenista na Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do
Juruena - AJES em Juina/MT,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">Coordenador do Núcleo de Prática Jurídica -
NPJ/AJES<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-language: PT-BR;">Foi Coordenador da Coordenação Geral de Defesa dos
Direitos Indígenas da Fundação Nacional do Índio - FUNAI até fevereiro de 2007<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/WINDOWS%20XP/Desktop/povosind%C3%ADgenas.doc#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a>
<a href="http://acritica.uol.com.br/amazonia/Brasil-riqueza-relator-Projeto-Mineracao-aldeia_Watoriki-Barcelos-Amazonia-Amazonas-Manaus_0_803319724.html"><span style="color: windowtext;">http://acritica.uol.com.br/amazonia/Brasil-riqueza-relator-Projeto-Mineracao-aldeia_Watoriki-Barcelos-Amazonia-Amazonas-Manaus_0_803319724.html</span></a></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Documents%20and%20Settings/WINDOWS%20XP/Desktop/povosind%C3%ADgenas.doc#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a>
Grupo indígena Mbya Guarani que vivem atualmente nos Estados de Mato Grosso,
Terra Indígena Xambioá/TO e Aldeia Nova Jacundá/PA. Que na década de 1980
viviam na Aldeia Karajá na Ilha do Bananal/TO.</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-20353915878933431662010-05-27T05:53:00.000-07:002010-05-27T05:55:58.191-07:00Contratação de Pesquisador<meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CANDREE%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="Edit-Time-Data" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CANDREE%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_editdata.mso"><!--[if !mso]> <style> v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape {behavior:url(#default#VML);} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:BookmanOldStyle-Bold; mso-font-alt:"Times New Roman"; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:auto; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:"Arial Narrow"; panose-1:2 11 5 6 2 2 2 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:swiss; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:647 2048 0 0 159 0;} @font-face {font-family:"Bookman Old Style"; panose-1:2 5 6 4 5 5 5 2 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;} @font-face {font-family:BookmanOldStyle; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-pitch:auto; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} @font-face {font-family:BookmanOldStyle-BoldItalic; panose-1:0 0 0 0 0 0 0 0 0 0; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:auto; mso-font-format:other; mso-font-pitch:auto; mso-font-signature:3 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} p.MsoHeader, li.MsoHeader, div.MsoHeader {margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; tab-stops:center 212.6pt right 425.2pt; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} p.MsoFooter, li.MsoFooter, div.MsoFooter {margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; tab-stops:center 212.6pt right 425.2pt; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:2.0cm 2.0cm 2.0cm 70.9pt; mso-header-margin:35.45pt; mso-footer-margin:35.45pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><u><span style="font-family: BookmanOldStyle-Bold;">EDITAL Nº 007/2010<o:p></o:p></span></u></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 11pt; font-family: BookmanOldStyle-Bold;">CONVÊNIO Nº </span></b><b><span style="font-family: "Bookman Old Style";">717543/2009</span></b><b><span style="font-size: 11pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 11pt; font-family: BookmanOldStyle-Bold;">ENTRE O CENTRO INDÍGENA DE ESTUDOS E PESQUISAS – CINEP E A SECRETARIA ESPECIAL DE DIREITOS HUMANOS – SEDH,<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 11pt; font-family: BookmanOldStyle-Bold;">SELECIONA CURRÍCULOS DE CANDIDATOS PARA PRESTAÇÃO DE<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 11pt; font-family: BookmanOldStyle-Bold;">SERVIÇOS, COM O SEGUINTE PERFIL PROFISSIONAL.<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: BookmanOldStyle-Bold;">Modalidade Produto (01 vaga)<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">1. Objeto</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">:</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"> Pesquisador.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">2. Qualificações</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: Graduação na área de ciências sociais aplicadas ou áreas afins, c</span><span style="font-size: 9.5pt;">om sólida experiência com políticas publica para minorias.</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">3</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Atribuições</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: Sob a coordenação do Consultor Sênior, exercer atividades de pesquisa para subsidiar a </span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">construção e reprodução de guia (manual de orientação), sistematização de avaliação das atividades do projeto,</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"> participar de eventos (seminários e oficinas) a fim de colherem dados para realização dos trabalhos pertinentes ao projeto acima especificado. Sistematizar relatórios de atividades; apresentar estudo detalhado com os resultados e propostas inerentes ao projeto. </span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">4. Produtos</span></b><b><i><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: <o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">1ª Apresentação do plano de trabalho;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">2º Produto: Coleta e organização de dados para orientação sistematizada para construção de recomendações e diretrizes para proteção e garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes indígenas por intermédio de consulta as organizações indígenas e entidades indigenistas; consulta as organizações indígenas e entidades indigenistas sobre os dados coletado e afinamento de estratégias para defesa dos direitos das crianças indígenas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">3ª Produto: entrega do relatório sistematizado sobre as estratégias para implementação de políticas publicas para defesa dos direitos indígenas.</span><b><i><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoNormal" style=""><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">5. Tipo de Contrato: </span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Produto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">6. Valor por Produto: </span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">R$<b style=""> </b></span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">9.000,00 (nove mil reais) Sendo pago conforme abaixo:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">1ª. Parcela: (R$ 3.000,00) após a entrega do plano de trabalho.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 54pt; text-align: justify; text-indent: -54pt;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">2ª. Parcela: (R$ 3.000,00) após a entrega do produto 2.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">3ª. Parcela: (R$ 3.000,00) após a entrega do produto 3.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style=""><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">7</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Duração estimada do contrato</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: de 10 de junho a 31 de dezembro de 2010<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">8</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Local de Trabalho</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: Brasília/DF com disponibilidade para viagens a todas as regiões do Brasil.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">9</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. Os interessados deverão enviar o Currículum Vitae, detalhado para a função e assinado, em envelope fechado e identificado externamente com o número do Edital, para </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">SRTVS - Ed: Centro Empresarial Assis Chateaubriand, Quadra 701 – Conjunto 01 – Bl, 01, n 38 – sala 25/26 – Sobreloja – Brasília/DF. CEP. 70.340-906, Convênio nº. </span></b><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">717543/2009-CINEP-</span></b><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">, </span></b><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">até o dia 04/06/2010 </span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">– </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Data da postagem</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. A entrega do curriculum poderá também ser feita por via eletrônica no endereço cinep@cinep.org.br ou pessoalmente no endereço retro citado. (<b style="">a contratação será imediata</b>).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Em atenção às disposições na Lei nº 8.666, de 21/07/1993, informamos que esta contratação será efetuada mediante processo seletivo simplificado (análise de currículo e entrevista), sendo exigida do profissional a comprovação da habilitação profissional e da capacidade técnica compatível com as atividades a serem executadas.</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></p> André Elifashttp://www.blogger.com/profile/02798603883468174682noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-50256108068610311132010-05-27T05:50:00.000-07:002010-05-27T05:53:27.621-07:00Contratação de Assistente de Pesquisa<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CANDREE%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="Edit-Time-Data" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CANDREE%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_editdata.mso"><!--[if !mso]> <style> v\:* {behavior:url(#default#VML);} o\:* {behavior:url(#default#VML);} w\:* {behavior:url(#default#VML);} .shape {behavior:url(#default#VML);} </style> <![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:BookmanOldStyle-Bold; 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font-family: BookmanOldStyle-Bold;">SELECIONA CURRÍCULOS DE CANDIDATOS PARA PRESTAÇÃO DE<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 11pt; font-family: BookmanOldStyle-Bold;">SERVIÇOS, COM O SEGUINTE PERFIL PROFISSIONAL.<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: BookmanOldStyle-Bold;">Modalidade Produto (01 vaga)<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">1. Objeto</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">:</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"> Contratação de Assistente de Pesquisa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">2. Qualificações</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: Graduação na área de ciências sociais aplicadas ou áreas afins, c</span><span style="font-size: 9.5pt;">om sólida experiência com políticas publica para minorias.</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">3</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Atribuições</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: Sob a coordenação do Consultor Sênior, exercer atividades de pesquisa para subsidiar a </span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">construção e reprodução de guia (manual de orientação), sistematização de avaliação das atividades do projeto,</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"> participar de eventos (seminários e oficinas) a fim de colherem dados para realização dos trabalhos pertinentes ao projeto acima especificado. Sistematizar relatórios de atividades; apresentar estudo detalhado com os resultados e propostas inerentes ao projeto. </span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">4. Produtos</span></b><b><i><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: <o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">1ª Apresentação do plano de trabalho;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">2º Produto: Coleta e organização de dados para orientação sistematizada para construção de recomendações e diretrizes para proteção e garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes indígenas por intermédio de consulta as organizações indígenas e entidades indigenistas;<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">3ª Produto: entrega do relatório sistematizado sobre as estratégias para implementação de políticas publicas para defesa dos direitos indígenas.</span><b><i><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></i></b></p> <p class="MsoNormal" style=""><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">5. Tipo de Contrato: </span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Produto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">6. Valor por Produto: </span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">R$<b style=""> </b></span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">9.000,00 (nove mil reais) Sendo pago conforme abaixo:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">1ª. Parcela: (R$ 3.000,00) após a entrega do plano de trabalho.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-left: 54pt; text-align: justify; text-indent: -54pt;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">2ª. Parcela: (R$ 3.000,00) após a entrega do produto 2.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">3ª. Parcela: (R$ 3.000,00) após a entrega do produto 3.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style=""><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">7</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Duração estimada do contrato</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: de 10 de junho a 31 de dezembro de 2010<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">8</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Local de Trabalho</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">: Brasília/DF com disponibilidade para viagens a todas as regiões do Brasil.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">9</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. Os interessados deverão enviar o Currículum Vitae, detalhado para a função e assinado, em envelope fechado e identificado externamente com o número do Edital, para </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">SRTVS - Ed: Centro Empresarial Assis Chateaubriand, Quadra 701 – Conjunto 01 – Bl, 01, n 38 – sala 25/26 – Sobreloja – Brasília/DF. CEP. 70.340-906, Convênio nº. </span></b><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">717543/2009-CINEP-</span></b><b style=""><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">, </span></b><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">até o dia 04/06/2010 </span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">– </span><b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Data da postagem</span></b><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">. A entrega do curriculum poderá também ser feita por via eletrônica no endereço cinep@cinep.org.br ou pessoalmente no endereço retro citado. (<b style="">a contratação será imediata</b>).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";">Em atenção às disposições na Lei nº 8.666, de 21/07/1993, informamos que esta contratação será efetuada mediante processo seletivo simplificado (análise de currículo e entrevista), sendo exigida do profissional a comprovação da habilitação profissional e da capacidade técnica compatível com as atividades a serem executadas.</span><span style="font-size: 10pt; font-family: "Bookman Old Style";"><o:p></o:p></span></p> André Elifashttp://www.blogger.com/profile/02798603883468174682noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-24499090060023488912010-05-04T05:55:00.000-07:002010-05-04T06:07:14.553-07:00Resultados do Processo Seletivo dos Editais referente Convênio n°. 717543/2009 / CINEP -SEDHO Cinep agradece aos que participaram do processo seletivo dos Editais nº 001/2010, 002/2010, 003/2010 e 004/2010, referentes respectivamente as funções de Pesquisador Sênior, Consultor Sênior, Assessor de Comunicação e Assistente Financeiro, do Convênio nº 717543/2009, Cinep – SEDH, e relaciona a seguir, os aprovados.<br /><br /> <br /><br />Edital nº 001/2010 – Pesquisador Sênior – Vilmar Martins Moura Guarani<br /><br />Edital nº 002/2010 – Consultor Sênior – Cristhian Teófilo da Silva<br /><br />Edital nº 003/2010 – Assessor de Comunicação – Clarissa Noronha Melo Tavares<br /><br />Edital nº 004/2010 – Assistente Financeiro – Aracaí Matos de Souza<br /><br /> <br /><br />Parabéns a todos.André Elifashttp://www.blogger.com/profile/02798603883468174682noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-47337298170111107862010-02-02T08:16:00.001-08:002010-02-02T08:21:58.702-08:00Índios não serão deslocados para construção de Belo Monte, diz Minc<div style="text-align: justify;"><span id="items_noticia"> <p> <span class="bluelight">Agência Brasil</span> </p> <p> <span class="bluelight">Publicação:</span> <span>01/02/2010 20:41</span> </p> </span> A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que teve a licença prévia assinada hoje (1º/2), não exigirá o deslocamento de índios que vivem na região do Rio Xingu, no Pará. “Não vai ter um índio deslocado. Eles serão impactados indiretamente, mas não terão que sair das terras indígenas”, disse hoje o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.<br /><br />Entre as 40 condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na licença prévia, nenhuma trata diretamente das populações indígenas. No entanto, de acordo com o diretor de licenciamento do instituto, Pedro Bignelli, as obrigações que o empreendedor terá que cumprir beneficiarão indiretamente os indígenas da região.<br /><br />“Várias da condicionantes atingem os índios, por melhorar a região como um todo”, afirmou.<br /><br />A licença prevê a construção de casas, escolas e postos de saúde e investimentos em saneamento básico em municípios na área de influência da barragem. Também determina a elaboração e o acompanhamento de medidas que garantam a conservação da fauna e da flora da região e da navegabilidade do rio.<br /><br />A diminuição da vazão do rio em um trecho que passa por uma terra indígena não vai prejudicar as populações locais, disse Bignelli. “O rio não vai secar”, completou. Segundo ele, o Xingu já tem uma vazão bastante variável – de 23 mil metros cúbicos por segundo na época da cheia à 270 metros cúbicos por segundo na seca – independentemente da construção da barragem.<br /><br />Desde a década de 1970, quando começou a ser elaborado, o projeto de Belo Monte é alvo de críticas de comunidades tradicionais, lideranças indígenas e organizações ambientalistas. Um dos episódios mais conhecidos da polêmica aconteceu durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989, em que uma indígena contrária à usina ameaçou um funcionário da Eletronorte com um facão.<br /><br />fonte. http://correiobraziliense.com.br<br /><br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-8083930323739688362010-01-26T08:50:00.000-08:002010-01-26T08:52:13.919-08:00CINEP/ODIN, o índio e a Universidade<div style="text-align: justify;">26.Jan.2010 | Wilson Matos da Silva*<br /><br />Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (CINEP) é uma organização indígena criada em novembro de 2005, por 33 lideranças do movimento indígena brasileiro, por ocasião do I Encontro Nacional das Organizações Indígenas do Brasil, com objetivo de se constituir como uma entidade indígena de apoio e assessoria às organizações e comunidades indígenas, focado na pesquisa e serviços técnicos.<br />Seu quadro de sócios está formado por lideranças de organizações indígenas regionais e por pesquisadores e acadêmicos indígenas (da qual faço parte). Sua atuação prioritária está voltada para o campo dos estudos e pesquisas de interesse do movimento social indígena e para prestação de serviços e assessorias técnicas às organizações e comunidades indígenas. Para cumprir essas tarefas, o CINEP criou o ODIN (Observatório Nacional de Direitos indígenas), onde abriga os advogados indígenas do Brasil.<br />Nós intelectuais indígenas, temos bastante clareza de que o acesso às universidades é importantíssimo e que as cotas podem servir como um instrumento valioso tanto para a situação de povos territorializados, ainda que muitos de nossos integrantes estejam em trânsito permanente entre suas Aldeias e ambientes urbanos, ou que nesses territórios nossas aldeias muitas vezes estejam adquirindo o perfil de cidades, exemplo de Dourados MS, quanto para aqueles que, muitas vezes motivados pela busca da educação, se deslocaram para os centros regionais em cidades distantes de seu habitat.<br />A maior parte dos jovens indígenas que cursam o ensino médio, o fazem com grandes sacrifícios pessoais e de suas famílias, sofrendo grande discriminação e, o que é muito próprio das áreas próximas às terras indígenas, um tipo peculiar de invisibilidade que nos torna pouco perceptíveis aos olhos de professores e diretores de escolas que, sem necessariamente agirem de má-fé, mas imbuídos dos preconceitos intensos, próprios de cada região, tomam-nos por "bugres" irascíveis, embrutecidos e pouco letrados.<br />Por isso as cotas, no caso de nós indígenas, não são suficientes sem profundas mudanças nas estruturas Universitárias, de modo a que estas reflitam sobre suas práticas a partir da diferença étnica, de um olhar sobre quem se desloca de um mundo sociocultural e, em geral, lingüístico, totalmente distinto, ainda que os estudantes indígenas pareçam e sejam – uns mais, outros menos – conhecedores de muito da vida brasileira.<br />Para o Professor Antonio Carlos de Souza Lima da UFRJ, trata-se de "rever as estruturas universitárias muito mais radicalmente. Ao incluir os indígenas nas universidades há que se repensar as carreiras universitárias, as disciplinas, abrirem novas (e inovadoras) áreas de pesquisa, selecionar e repensar os conteúdos curriculares que têm sido ministrados e testar o quanto estruturas, que acabaram se tornando tão burocratizadas e centralizadoras, podem suportar se colocar ao serviço de coletividades vivas, histórica e culturalmente diferenciadas".<br />Particularmente entendo que as universidades ainda não se indagaram sobre o quanto podem beneficiar-se com a nossa presença indígena, não somente como estudantes mas, no seu corpo docente, vivificando-se e ampliando-se, na construção de um mundo de tolerância e riqueza simbólica em que não bastará mais a repetição ampliada dos paradigmas do horizonte capitalista contemporâneo.<br />Não é possível reverter 500 anos de colonialismo e dizimação a que fomos submetidos. Nesses termos, ao invés de pobres excluídos os nossos povos deveriam ser vistos como dotados de uma riqueza própria, de uma capacidade especial de se manter diferentes e conservar nossos valores sob tanta pressão colonialista e tanta violência, cujas histórias interconectadas às do Brasil devem ser conhecidas e divulgadas com orgulho por entre todos os brasileiros.<br />As Cotas Raciais foi uma forma de apontar solução para o caso das minorias sociais, baseada na Integração Racial, estabelecendo uma política que objetiva integrar no seio de uma sociedade as minorias raciais, assinalados por meio de cota. "Tratar de forma igual os iguais e de forma desigual os desiguais na medida em que se desigualam" Aristóteles<br />É claro que a elite é contra, pois assim, elas deixam a posição exclusiva de detentoras do saber/poder, a que exerceram com maestria por anos à fio, já que até bem pouco tempo, o acesso a curso superior, estava restrito a um pequeno e seleto grupo da sociedade brasileira.<br /><br />* É Índio Residente na Aldeia Jaguapirú, Advogado, Membro do GT de Direitos indígenas da OAB Nacional, Coordenador do ODIN/MS (Observatório Nacional de Direitos Indígenas); E-mail wilsonmatos@pop.com.br<br /></div><br />Fonte. http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=44257Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-44027113855838819022009-12-16T10:16:00.000-08:002009-12-16T10:17:05.680-08:00Fórum discute a declaração de direitos dos povos indígenasRepresentando as Nações Unidas, Vincent Defourny, diretor da Unesco no Brasil, fala da mobilização para divulgar essa declaração, aprovada por 143 países em 2007.<br /><br />Para o advogado Vilmar Guarany, consultor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, "no âmbito internacional, essa declaração foi o primeiro momento em que houve ampla participação dos povos indígenas. Por isso, é um marco internacional na defesa dos direitos de 370 milhões de índios de todo o mundo".<br /><br />Vincent Defourny diz que o relator da ONU para os Direitos Humanos e Direitos Fundamentais, James Anaya, observou que "houve muitos avanços no Brasil, há um marco regulatório na própria Constituição, mas destacou a falta de vários elementos, principalmente a falta de diálogo, de consulta aos índios".<br /><br />Vilmar Guarany diz que embora a Constituição garanta o direito dos índios de serem ouvidos, não é isso que acontece no dia a dia do país. O caso da construção da Usina de Belo Monte, na região do rio Xingu, no Pará, é um exemplo. O advogado e coordenador nacional do Observatório Nacional dos Direitos Indígenas, afirma que "os órgãos do governo responsáveis pela construção da hidrelétrica de Belo Monte vão ter que ouvir as comunidades indígenas sob pena de se levar uma reclamação à Comissão Interamericana de Direitos Humanos ou à própria ONU".<br /><br />O representante das Nações Unidas defende a necessidade de "se transformar a atitude tutelar, como se autoridades tivessem mais conhecimento do que os índios do que é bom ou importante para esses povos. É preciso ouvir e tentar entender a cosmologia dos índios para que haja diálogo e respeito". Só assim é possível acertar e definir as reais necessidades desses brasileiros, completa Defourny.<br /><br />Exibições:<br /><br />Sexta - 20h30<br />Sábado - 18h30<br />Segunda - 21h<br /><br />http://www.tvjustica.jus.br/destaques.php?id_notas=5132Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-60061953851951658122009-12-16T07:40:00.000-08:002009-12-16T07:44:14.404-08:00TV Justiça - Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos IndígenasO ODIN informa que no dia 18 as 20h30 será exibido na TV Justiça uma entrevista com Vilmar Martins Moura Guarany, atual Coordenador Geral do Observatório de Direitos Indígenas –ODIN/CINEP e assessor jurídico da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil - APIB, participou da mesma entrevista, o Dr. Vincent - representante da UNESCO no Brasil. A entrevista foi sobre a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Dentre os assuntos tratados destaca o complexo assunto sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no PA que afeta direta e indiretamente povos indígenas e populações ribeirinha tradicionais.<br />Haverá repetição do programa no sábado dia 19 as 18:30 e na segunda-feira dia 21 as 21h.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-30104886235728973542009-12-16T07:28:00.000-08:002009-12-16T07:33:26.719-08:00Acadêmica do Rede de Saberes defende TCC hoje na UCDB<img src="file:///C:/DOCUME%7E1/OBSERV%7E1/CONFIG%7E1/Temp/moz-screenshot.png" alt="" /><img src="file:///C:/DOCUME%7E1/OBSERV%7E1/CONFIG%7E1/Temp/moz-screenshot-1.png" alt="" /><div style="text-align: justify;"><span class="conteudo"><p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">A acadêmica de Direito, Carla Mayara Alcântara defende, hoje, às 18h, no Bloco C da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), o seu trabalho de conclusão de curso.</span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"> </span></p> <p style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Carla Mayara é da etnia Kadiwéu e tem sua presença na universidade marcada pela atuação em diversas atividades do Projeto Rede de Saberes. Ela é mais uma acadêmica, que com o apoio do Rede de Saberes, desenvolveu pesquisas sobre sua comunidade e conclui o curso enriquecendo a reflexão sobre diversas questões que envolvem as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. Carla também faz parte do Observatório dos Direitos Indígenas e foi representante dos acadêmicos indígenas da UCDB, em 2008.</span></p></span><br /><span class="conteudo"></span><span class="style1">....</span><span class="autor">Por Caroline Maldonado - 2009-11-26</span><br /><span class="autor"></span><span class="conteudo">http://www.rededesaberes.neppi.org/noticias.php?id=411</span></div>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-29584896352625619122009-12-03T10:51:00.000-08:002009-12-03T10:52:33.009-08:00Nota de repúdio à açao de reintegração de posse da Funai contra indios Xavante<style> <!-- font-face {font-family:Tahoma;} font-face {font-family:"Arial Black";} p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman";} a:link, span.MsoHyperlink {color:blue; text-decoration:underline;} a:visited, span.MsoHyperlinkFollowed {color:purple; text-decoration:underline;} span.EstiloDeEmail17 { font-family:Arial; color:windowtext;} span.EstiloDeEmail18 { font-family:Arial; color:navy;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><div style="text-align: justify;" dir="ltr" id="idOWAReplyText43311"> <span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;">Caros,</span></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div dir="ltr"><div style="text-align: justify;"> </div><div dir="ltr"><div style="text-align: justify;"> </div><div dir="ltr"><div style="text-align: justify;"> </div><div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="Section1"><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;">Tomados de perplexidade com a decisão da atual direção da Funai, que pediu e recebeu uma liminar para expulsar os índios Xavante de sua sede, diversos servidores (da ativa e aposentados ) além de indigenistas atuando em outros órgãos, produziram uma Nota de Repudio (ver anexo) que está sendo disponibilizada para todos que discordam da postura autoritária que expressa o chamado Novo Indigenismo que a atual gestão diz estar construindo.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;">Assim, caso você queira assinar este documento, </span></span><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#6633ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(102, 51, 255); font-size: 13.5pt;">responda este email</span></span><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;"> simplesmente escrevendo <u>Concordo,</u> para o seguinte endereço <a title="blocked::mailto:repudio.100anosindigenismo@gmail.com" href="mailto:repudio.100anosindigenismo@gmail.com">repudio.100anosindigenismo@gmail.com</a></span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;">Não esqueça de colocar seu nome completo e órgão de lotação. </span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;">Todas as respostas recebidas até as <b><span style="font-weight: bold;">18:00hs de hoje (03/12)</span></b> estarão concordando que seu nome conste na Nota de Repúdio, que será entregue para os Índios que estão "acampados" na garagem da Funai, na Presidência da Funai, no Ministério da Justiça e na ANSEF (para divulgação no site). </span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;color:navy;"><span style="font-family: Arial; color: navy; font-size: 10pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:red;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: red; font-size: 13.5pt;">Divulgue este email para sua lista de contatos.</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;color:navy;"><span style="font-family: Arial; color: navy; font-size: 10pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;color:navy;"><span style="font-family: Arial; color: navy; font-size: 10pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;">Saudações,</span></span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;"></span></span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-indent: 35.4pt; text-align: justify;" class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#9999ff;"><span style="font-family: 'Arial Black'; color: rgb(153, 153, 255); font-size: 13.5pt;">Servidores da Funai</span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;color:navy;"><span style="font-family: Arial; color: navy; font-size: 10pt;"></span></span> </p></div></div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-3153981785116779552009-11-25T10:33:00.000-08:002009-11-25T10:34:23.325-08:00Alunos e professores da UFGD protestam contra morte dos índios Verá<div style="text-align: justify;">A morte em Paranhos (MS) dos professores guarani Holindo e Jenivaldo Verá, do curso Ará Verá, realizado numa parceira entre UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, provocou uma manifestação de indígenas de Dourados e Caarapó, de alunos, técnicos e professores da UFGD, maioria da Faculdade de Ciências Humanas, e do Ará Verá, no final da tarde da última sexta-feira (20), em frente ao prédio do curso.<br /><br />O protesto foi intitulado “Ato em solidariedade a favor da vida Verá (contra a indiferença que mata)” e contou com rituais indígenas, teatro e pronunciamentos contra os assassinatos. A realização foi do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFGD, Grupo de Professores da FCH solidários à causa guaraní, Associação dos Geógrafos do Brasil (AGB) de Dourados, Conselho Indigenista Missionário (CIMI) de MS e Companhia de Teatro Simbiose.<br /><br />Foram abertas bandeiras da “Anistia Internacional” e “Vida Verá – Justiça aos professores Verá de Paranhos”. Já os indígenas que estavam protestando em frente a Funai trouxeram as bandeiras “Nós indígenas do cone sul estamos aqui para pedir a exoneração da Margarida da Funai” e “Chega de violência, chega de morte, chega de droga, chega de injustiça dentro das aldeias – Fora Margarida”, assinando como indígenas kaiowá, guarani e terena.<br /><br />Vestidos com camisetas com os dizeres “Eu vi, tu viste, ele viu, nós vimos, vós vistes, eles Verá...” e “Morte não, vida sim”, os manifestantes pintaram o rosto com tinta marrom e propuseram a adoção do sobrenome “Verá”, como forma de fazer “juntos com que o nome se reflita e sejamos mais gente Verá”, afirmou o professor Jones (Dari) “Verá”, citando os colegas como Graciela Verá, Juliana Verá, Elizete Verá, Nauk Verá, Cleber Verá, Ângelo Verá, Flávio Verá, João Carlos Verá e assim por diante. Em seguida, eles usaram apenas os primeiros nomes das pessoas nos pronunciamentos, significando que todos eram Verá.<br /><br />Como a tradução de “Verá” é iluminado, Jones questionou “quantos de nós teremos que morrer ainda para que a Justiça seja feita? Quantas vidas teremos que ter para levar a vida dos que foram? Quantas vidas a mais para iluminar as outras vidas e para continuar a existência, vendo e lutando pelos Verá?”.<br /><br />Na abertura, Bruno, presidente do DCE da UFGD, disse que o ato em frente ao Ará Verá foi feito para marcar as ações brutais realizadas por pistoleiros em Paranhos e que ataques contra indígenas sem dúvida ocorrem diariamente. A mobilização foi feita em apenas dois dias, segundo contou o professor Glauber, com objetivo de exercitar o diálogo, inclusive internacional, numa campanha pelos indígenas.<br /><br />O professor indígena Zeni, representando os professores guarani de Caarapó, agradeceu o apoio e força dos não-índios nesse tempo de luto. “Não sabemos quando esse luto vai acabar. Estão acontecendo coisas muito tristes agora, que não são novidades no meio indígena, mas que sempre irão acontecer se não houver organização e mobilização”, disse Zeni.<br /><br />O professor Losandro falou como representante da Anistia Internacional e conclamou os presentes para escrever e-mails e cartas para o ministro Tarso Genro, governador André Puccinelli e demais órgãos envolvidos pressionando por justiça e manifestando repúdio pela violência contra os indígenas. “Através da pressão podemos colaborar para acabar com a injustiça secular que acontece nessa região. Lutar pelos direitos indígenas é lutar pelos direitos humanos. Temos que nos abraçarmos em prol da causa indígena”, defendeu.<br /><br />Sedeval, diretor da AGB de Dourados, pediu justiça pela barbárie que fizeram contra os irmãos Verá e pediu também apoio para a identificação das terras indígenas.<br /><br />A professora Cidinha, em nome do Teko Arandu, manifestou sua tristeza pelas mortes e contou que foi professora de Holindo e que ele era um rapaz cheio de sonhos, mas que agora infelizmente seus sonhos não serão alcançados.<br /><br />O líder indígena Silvio, membro dos manifestantes que estão protestando em frente da Funai, questionou: “A terra é nossa, é nossa cultura, ela foi tomada e os nativos expulsos. Por que temos lei, se não usamos a lei? Para que perder a vida deles? Eles não mereciam morrer. Nosso povo é pisado, massacrado”.<br /><br />Laureane, representando o Movimento de Mulheres, disse querer que a “manifestação dê algum resultado, que o que foi dito seja ecoado para que a demarcação aconteça e não façam piquete político com a desgraça alheia”.<br /><br />A professora Célia, em nome do curso Ará Verá, lembrou que os direitos dos indígenas estão previstos no Constituição desde 1988 e que é muito doloroso ver que mesmo assim muitos ainda perdem a vida. Ela contou que dez dias depois do desaparecimento de Holindo, nasceu sua quarta filha e Célia teme que as mortes caiam no vazio, esquecidas como tantas no Brasil e por isso pediu que as buscas por Holindo continuem.<br /><br />Já a apresentação da Companhia de Teatro Simbiose foi feita no canteiro central da Avenida Presidente Vargas, com um ator vestido como fazendeiro, que rompe uma cortina de jornal e fica gritando “a terra é minha” e “eu sou o rei da terra”, enquanto corta dois bonecos de jornal em formato de uma pessoa, enrola no pescoço um cordão cheio desses bonecos como pingentes e coloca uma coroa de jornal na cabeça. Duas atrizes vestidas com trajes negros caem ao chão e o “fazendeiro” as cobre com jornal. Aos poucos elas vão desabrochando com flores de jornal e no microfone foi declamado o documento de professores indígenas de MS para a Conferência de Educação Indígena.<br /><br />Esse documento diz: “Guarani é como uma flor que brota da terra e desabrocha perfumando a natureza. E às vezes desaparece deixando um aroma no ar. É como as aves que vêm e desaparecem. Mas o nosso sentimento e a lágrima que cai no chão<br />fortalecem o nosso espírito e volta a brilhar em nosso meio. Mas até quando vamos ver as flores pisadas, as aves mortas e o sangue derramado? Até quando vamos ter que esperar para poder entrar em nosso chão? Até quando continuaremos a ser expulsos, confinados, discriminados, assassinados?”. No final do ato, os manifestantes escreveram com flores e nome Verá no asfalto.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-33499704674031609472009-11-24T05:46:00.000-08:002009-11-24T05:51:50.351-08:00Índios... mergulhados no abandono e na pobrezaEnquanto o Brasil comemora autos índices de desenvolvimento e a súbita escalada na consolidação de nação emergente, as comunidades nativas do país mergulham no mais profundo abismo da pobreza e do abandono, relegados a própria sorte, taxados de vagabundos, preguiçosos, e até como "força demoníacas" como disse o Ministro Edson Lobão. Nós os índios passamos a ser vistos como empecilhos ao desenvolvimento do Brasil.<br />Em seu último dia de visita ao Brasil, sexta feira (13/11/2009), a alta-comissária da ONU Navanethem Pillay, criticou o Brasil pela situação deplorável em que vivem os indígenas no país. As nossas populações, segundo ela, estão "atoladas" na pobreza, além de não ter acesso aos serviços básicos e nem a oportunidades de emprego, vivendo à margem da sociedade abandonados e sem dignidade.<br />A Comissária se referiu à questão dos nossos povos indígenas como invisível e lembrou que, de todos os funcionários federais e estaduais que conheceu durante a visita, nenhum deles tinha origem indígena. Para a alta-comissária, o fato serve como um indicativo de uma contínua marginalização, os povos indígenas estão sofrendo um regime de apartheid disfarçado.<br />"A maior parte dos povos indígenas do Brasil não está se beneficiando do impressionante progresso econômico do país e está sendo retida na pobreza pela discriminação e indiferença, expulsa de suas terras na armadilha do trabalho forçado."<br />Na semana passada estive em Brasília no encontro dos advogados indígenas do Brasil, durante o encontro as organizações indígenas solicitaram do ODIN (Observatório Nacional de Direitos Indígenas), que estude a possibilidade de interpor representação contra o Estado brasileiro, nos organismos internacionais pelas violações aos direitos indígenas internacionalmente reconhecidos.<br />Em especial pelos impactos provocados pelas obras do PAC, todas obras impostas sobre os nossos povos, sem a consulta livre prévia e informada exigidas pela legislação internacional protetiva dos direitos indígenas às comunidades afetadas, prevista na convenção 169 da OIT cuja o Brasil é signatário.<br />Nas Aldeias do nosso estado, notadamente nas aldeias Jaguapirú e Bororó, já estamos acostumados todas as segunda-feira, as equipes periciais adentrarem a reserva indígena, para levantamento cadavérico de índios que são mortos, ou mutilados a facão, vitimas da violência desenfreada e crescente que tomou conta da terra sem Lei, a que se transformaram as aldeias Jaguapirú e Bororó, enquanto os próprios agentes da União lutam para legitimar pseudo-líderes cooptados, com objetivo de encobrir suas mordomias e falcatruas perpetradas com o erário publico.<br />Neste sentido se pronunciou eminente professor Sergio Serraglio "Índio vem sendo morto frequentemente. Assim como árvores são transformadas em tábuas e nunca ninguém precisará saber ao certo quem faz isso porque, na verdade, não estamos mesmo interessados. Que a vida siga como ela sempre foi: nós com nossas reservas intocadas sem gente, os estrangeiros com suas mesas de madeira maciça, carne em abundância e soja barata, os latifundiários com grandes pastos, políticos com férias em Angra e os trabalhadores com seus empregos efêmeros. Do que nos interessa a vida de um grupo de índios, empurrado de um lado para outro, cumprindo pena por ter subvertido a ordem nacional?"<br />Nós estamos a olhar para frente e não vemos futuro! Olhamos para os lados, pobreza, indigência, miséria, confinamento, exploração, fome, alcoolismo, desemprego, aculturamento, prostituição, preconceito. Olhamos para trás e recordamos pela oralidade de nossa história, tempos idos em que éramos felizes, éramos gente, pois toda gente tem o direito de viver.<br />O ODIN Irá impetrar denuncia contra o governo brasileiro na OEA e na ONU pela violação aos direitos indígenas, em pleno século XXI é inconcebível que a sociedade possa admitir centenas de crianças índias padecendo às margens da rodovia sem direito à educação, Saúde, moradia, segurança e o que é pior sem direito de ser criança.<br /><br /><i>*Índio residente na Aldeia Jaguapirú, Advogado, presidente da (CEAI OAB/MS), Diretor Regional do ODIN (Observatório Nacional de Direitos indígenas no MS), E-mail matosadv@yahoo.com.br</i></p><br /><br />Fonte. http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=43436Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-60735583621934125412009-11-16T14:13:00.000-08:002009-11-16T14:17:59.443-08:00MAIS UM ADVOGADO INDÍGENA NO BRASILO Observatório de Direitos Indígenas parabeniza o indígena Guarani Wilemar Pereira de Moura por sua aprovaçao na prova da Ordem dos Advogados do Brasil/OAB.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-75375672652272704512009-11-05T09:18:00.001-08:002009-11-05T09:19:39.616-08:00ODIN/MS contra a discriminação e a criminalização de lideranças indígenas<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">HOME PAGE DOURADOS AGORA, 03.11.2009<br />Wilson Matos da Silva*<br /><br />O Observatório Nacional de Advogados Indígenas Regional do MS (ODIN/MS), tendo em vista o recebimento de várias denúncias de criminalização de líderes indígenas, e outros que já se encontram enclausurado, bem como a discriminação por parte do comércio em Mato Grosso do Sul, alguns comércios (maioria) tem se negado a vender cervejas aos índios, a pretexto de: segundo a gerência, haver lei proibindo a venda de bebidas alcoólicas aos índios. O ODIN tem habilitado nos processos onde flagrantemente as lideranças indígenas, respondem a processos sem nenhum acompanhamento por parte da procuradoria especializada da FUNAI, é o primeiro passo para "desorientar" toda uma comunidade indígena é prendendo seu líder,<br />falo isso enquanto índio que sou e tenho conhecimento de causa, foi assim na aldeia de Dourados após a prisão do grande líder Ramão Machado (in memoria m), de lá para cá apedrejamento de transeuntes na rodovia 156, muitos jovens índios mutilados a facão, estupros, assassinatos prostituição infantil, e toda sorte de infortúnios.<br />Por outro lado excepcionado pela lei, tem se transformado em regra pela falta de conhecimento e a má interpretação do estatuto normativo indígena, por parte dos operadores do direito. Cujo técnico jurídico há que interpretar à luz da Constituição de 88, tendo em vista que o sobredito estatuto normativo teve vários artigos derrogados pela CF. Senão vejamos: embora a Lei 6001, de 19 de Dezembro de 1973, seja Lei especial, destinado a reger a vida e as ações dos povos indígenas no Brasil, não se é exigido do estudante das ciências jurídicas estudá-la. Exige-se, e, até existem cátedra, a leis que tratam de animais (fauna) de plantas (flora) e etc. O capitulo II com preâmbulo Dos Crimes Contra os Índios, no art. 58, o caput diz o seguinte:<br />Constituem crime contra os índios e a sua Cultura: e descreve no inciso III - "propiciar, por qualquer meio, aquisição, o uso e a disseminação de bebidas alcoólicas, nos grupos tribais ou entre índios NÃO INTEGRADOS. Não precisa ser um expert em ciências jurídicas, para saber que a lei esta excepcionando aqueles índios não integrados, logo, nos remete ao art.4º, do mesmo diploma legal, onde classifica os índios em isolados, em vias de integração e integrados. O caput do referido art. Diz: "os índios são considerados: I - Isolados – quando vivem e grupos desconhecidos ou de que se possuem poucos e vagos informes através de contatos eventuais com elementos da comunhão nacional; "apenas e tão somente aos índios isolados, o tipo penal descreve a proibição e prevê a respectiva pena". Esses preconceituosos racistas não conseguem entender; quando o juiz julga e condena o índio mandando-o para prisão, este, o faz por entender que o índios do MS está integrado, já os racistas interpretam que seus fregueses índios, mesmo lhes proporcionando lucros, e frise-se,<br />recolhendo os impostos devidos, ainda assim estão na condição de índios não integrados A Lei 7.716, de 05 de Janeiro de 1989, define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. O seu Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a<br />servir, atender ou receber cliente ou comprador. Pena: reclusão de um a três anos. Muitos comerciantes racistas estão lançando mão do inciso III, do Artigo 58, da lei 6001 de 19 de Dezembro de 1973, para simplesmente discriminar o índio, até mesmo os indígenas graduados em curso superior. Devo lembrar que a própria polícia pode responder por<br />discriminação, quando ameaçar a prender um indígena por estar tomando uma cerveja, pois a ninguém é dado desconhecer a LEI, principalmente agentes da lei! Racismo é crime inafiançável e imprescritível. (Art. 5.º, XLII, CF). Segundo a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. A Carta Magna diz,<br />também, que constituem princípios fundamentais da Republica Federativa do Brasil o de promover o bem comum, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação.<br />* É Índio residente na Aldeia Jaguapirú, Advogado, Pós-graduado em Direito Constitucional, Presidente da (CEAI OAB/MS), e Diretor Regional do (ODIN/MS) Observatório Nacional de Direitos indígenas. E-mail matosadv@yahoo. com.br<br />Fonte: Douradosagora<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-5898028166650077082009-11-04T11:28:00.000-08:002009-11-04T11:29:43.138-08:00Gripe suína mata 7 indígenas em tribo na Amazônia, diz ONG<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 11"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 11"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5COBSERV%7E1%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} h1 {mso-margin-top-alt:auto; margin-right:0cm; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; mso-outline-level:1; font-size:24.0pt; font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} p {mso-margin-top-alt:auto; margin-right:0cm; mso-margin-bottom-alt:auto; margin-left:0cm; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;font-size:12pt;" ><o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">LONDRES (Reuters) - A gripe suína atingiu uma tribo isolada de indígenas na floresta amazônica, causando sete mortes nas duas últimas semanas, disse neste quarta-feira a Survival International.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Outros mil membros da tribo yanomami na Venezuela teriam sido contaminados pela gripe, de acordo com o grupo de proteção aos direitos dos povos indígenas.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Cerca de 32.000 índios yanomamis vivem na região de fronteira do Brasil com a Venezuela, formando a maior tribo relativamente isolada da Amazônia.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Há uma preocupação de que a gripe possa se espalhar pela região e causar mais mortes entre os indígenas, que têm pouca resistência a vírus introduzidos em suas comunidades.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">O diretor da Survival, Stephen Corry, disse que a situação é crítica e que os governos de Venezuela e Brasil devem agir imediatamente para deter a epidemia e melhorar as condições de saúde dos yanomamis.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">"Se eles não agirem, podemos ver mais uma vezes centenas de yanomamis morrendo de doenças tratáveis. Isso seria devastador para essa tribo isolada, cuja população se recuperou apenas recentemente das epidemias que dizimaram seu povo 20 anos atrás", disse em comunicado.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">Cerca de 20 por cento dos yanomamis morreram de gripe, malária e outras doenças disseminadas nos anos 1980 e 1990 quando garimpeiros invadiram seu território, de acordo com a ONG.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">O governo da Venezuela fechou a fronteira e enviou equipes médicas à região.<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">O vírus H1N1 -- termo médico correto para a gripe suína -- espalhou-se pelo mundo e matou cerca de 5.000 pessoas desde seu surgimento este ano, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).<o:p></o:p></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;">(Reportagem de Angus MacSwan)<o:p></o:p></p> Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-59842128090761063722009-11-04T11:11:00.000-08:002009-11-04T11:14:50.613-08:00NOTA SOBRE A UHE BELO MONTEA Comissão de Assuntos Indígenas da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) vem a público expressar a sua profunda preocupação quanto à forma precipitada com que vêm sendo conduzidas as discussões e encaminhamentos oficiais sobre a projetada hidroelétrica de Belo Monte, inclusive contrariando estudos técnicos e procedimentos legais estabelecidos.<br /><div style="text-align: justify;">Uma comissão de estudiosos e especialistas de diferentes formações, após realizar estudos de campo minuciosos, chegou à conclusão de que os impactos sobre os povos indígenas da região não se limitam de maneira alguma à chamada “área diretamente afetada”, mas podem atingir seriamente os recursos ambientais e as condições de vida e bem estar de outras terras indígenas, situadas fora daquela faixa estrita. Nas terras indígenas Paquiçamba, Arara da Volta Grande/Maia, Juruna Km17, Apyterewa, Araweté, Koatinemo, Kararaô, Arara, Cachoeira Seca e Trincheira Bacajá habitam diversas coletividades cujos modos de vida e culturas poderão receber impactos negativos, sem mencionar indígenas que estão nas cidades e os índios isolados. Mais grave ainda é que até o presente momento sequer tais impactos estão adequadamente dimensionados (vide documento elaborado por Painel de Especialistas, com o apoio da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP) de Altamira, do Instituto Sócio Ambiental (ISA), da International Rivers, do WWF, da FASE e da Rede de Justiça Ambiental – www.internationalrivers.org/files/Resumo%20Executivo%20Painel%20de%Especialistas out2009.pdf).<br />Os estudos técnicos conduzidos por especialistas da própria FUNAI resultaram em um parecer (vide Parecer Técnico n° 21 – Análise do Componente Indígena dos Estudos de Impacto Ambiental, de 30 de setembro de 2009) que atrela a viabilidade da obra ao cumprimento, entre outras, de três condicionantes básicos: a) que se defina uma vazão mínima (“hidrograma ecológico”) que garanta a sobrevivência dos peixes e quelônios e a navegabilidade das embarcações dos povos indígenas que ali vivem; 2) que sejam apresentados estudos sobre os impactos previstos no Rio Bacajá, na beira do qual vive o povo Xikrin, que possivelmente sofrerá graves alterações (a serem melhor analisadas); 3) que sejam estabelecidas garantias efetivas de que os impactos decorrentes da pressão antrópica sobre as terras indígenas serão devidamente controlados. Segundo o EIA, serão atraídos para a região pelo menos 96.000 pessoas, o que agravará a pressão sobre os recursos naturais das Terras Indígenas (TIs) – que já é critica na região por conta de outras obras previstas, como a pavimentação da Transamazônica BR-163 e a construção da linha de transmissão de Tucuruí a Jurupari. O aumento populacional que o empreendimento trará afetará também as comunidades indígenas porque incentivará um consequente aumento da pesca e caça ilegal, da exploração madeireira e garimpeira, de invasão às TIs e de transmissão de doenças.<br />A FUNAI, supostamente baseada nestes argumentos, através de um sumário ofício de 13 linhas, datado de 14/10/2009 e dirigido ao presidente do IBAMA, assinado estranhamente em matéria de tal importância pelo seu presidente-substituto, emitiu um parecer favorável à viabilidade do projeto. Sem a necessária integração de órgãos e políticas públicas, onde caberia à FUNAI assumir uma função ativa de coordenar, fiscalizar e normatizar, e não apenas de encaminhar informações técnicas, a execução do projeto corre o risco de não mitigar os efeitos lesivos do empreendimento e não fazer cumprir as condições de salvaguarda dos interesses indígenas. Tal posicionamento, ao abrir mão de sua prerrogativa enquanto agência indigenista oficial, na realidade tornou secundárias, e quase inócuas, as ressalvas constantes no Parecer Técnico (em anexo) quanto à insuficiência de estudos sobre os impactos da obra nas terras indígenas, bem como junto aos índios isolados e também sobre os residentes em Altamira. Mais grave ainda é que, contrariamente ao citado Parecer, que agrega diversos anexos com demandas indígenas por esclarecimentos e alterações no projeto, recomendando explicitamente a oitiva das comunidades indígenas, o oficio 302/FUNAI considera que já foram cumpridos os dispositivos necessários no tocante a tais oitivas.<br />Devemos, aqui, destacar dois pontos essenciais desta questão. Primeiro, é fundamental observar que os encaminhamentos e decisões relativas à UHE de Belo Monte estão descumprindo uma disposição legal, a Convenção 169, amplamente acatada no plano internacional e já incorporada pela legislação brasileira – a de que as populações afetadas sejam adequadamente informadas sobre o empreendimento e todas as suas conseqüências, exigindo-se que sejam antecipadamente consultadas e segundo procedimentos legítimos e probos.<br />Uma manifestação do cacique Raoni, em 14/10/2009, evidencia que o imprescindível diálogo e interlocução sobre o assunto é ainda bastante insuficiente, pois esta liderança exige a presença de autoridades para informar e discutir o projeto. Em caso contrário, ele adverte, os Kayapó irão proceder ao fechamento do serviço de balsas para travessia do rio Xingu, com a interrupção do trânsito na MT-322 (antiga BR-80), entre os municípios de Matupé e São José do Xingu (MT). Em 26/10 foi divulgada uma manifestação de repúdio das lideranças Kayapó ao posicionamento da FUNAI, convocando para a realização de uma grande assembléia nas cabeceiras do rio Xingu.<br />A compreensível resistência dos indígenas, que foram até agora desconsiderados enquanto parte do planejamento e do processo decisório, poderá deflagrar conflitos de grande monta, quando a vida dos próprios indígenas e de funcionários governamentais estarão em risco, bem como o patrimônio e a segurança de terceiros poderão ser também duramente atingidos. Novas campanhas difamatórias contra os direitos indígenas virão alimentar-se de acontecimentos deploráveis resultantes do açodamento, omissão e descumprimento das normas legais cabíveis.<br />Segundo, a conceituação de “área de impacto” não pode se restringir ao seu componente técnico, ignorando as variáveis socioculturais. A definição de uma área de “impactos diretos”, feita exclusivamente por engenheiros e especialistas mobilizados por instituições interessadas no empreendimento, não pode, de maneira alguma, substituir uma avaliação isenta, de natureza sociológica e antropológica, das conseqüências que o projeto trará para as populações que habitam na região, e não apenas em uma faixa restrita dela. O que exige investigações circunstanciadas sobre as condições ambientais e socioculturais, presentes e futuras, que afetarão o bem estar e o destino das populações<br />estabelecidas na região.<br />Cabe alertar a opinião pública e as autoridades máximas do governo brasileiro para a precipitação com que tem sido conduzida a aprovação do projeto, dentro de uma estratégia equivoca e sem atenção aos dispositivos legais. A prosseguir assim se estará configurando uma situação social explosiva e de difícil controle, o empreendimento podendo acarretar consequências ecológicas e culturais nefastas e irreversíveis.<br />Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2009.<br />João Pacheco de Oliveira<br />Coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas/CAI/ABA<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-87279904327670090992009-10-29T08:34:00.000-07:002009-10-29T08:43:55.732-07:00Exame da OAB<div style="text-align: justify;">O Observatório de Direitos Indígenas - ODIN/CINEP, parabeniza os indígenas bachareis em Direito pela aprovação na primeira fase da prova da OAB ao tempo em que aguarda com expectativa o resultado da segunda fase que foi realizada no último domingo. No dia 17 de novembro sairá o resultado final do exame da Ordem. Os três indígenas que fizeram a segunda fase da prova são: Alvaro Ubirajara Pankararu, Anaiá Pataxó e Wilemar Pereira de Moura Guarany.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-81421191560671004112009-10-28T08:33:00.000-07:002009-10-29T05:12:30.599-07:00Manifestação contra a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte<div style="text-align: justify;">Local: TI Capoto/Jarina - MT<br />Descrição:<br /></div>O povo Caiapó, liderado pelo Cacique Raoni Metuktire, em repúdio às<br />declarações ofensivas do Ministro Edson Lobão, convida todas as<br />lideranças Indígenas, Ministério Publico Federal, Entidades de Direitos<br />Humanos, Ambientalistas, Organizações não Governamentais e Imprensa em<br />geral, para manifestação contra a construção da Usina Hidrelétrica<br />Belo Monte, a ser realizada de 28/10 a 04/11/2009 no PIV Piaraçú, TI<br />Capoto/Jarina, entroncamento entre o rio Xingu e a MT 322, antiga BR 80.<br />Estará sendo aguardada a presença dos Ministros de Minas e Energia e Meio<br />Ambiente, alem dos Governandores dos Estados do Mato Grosso e Pará. O<br />não comparecimento dessa autoridades implicara no fechamento da Balsa da<br />travessia do Rio Xingu na MT 322 antiga BR 80, trecho que liga os<br />Municípios de Matupá e São Jose do Xingu no Estado do Moto Grosso.<br /><div style="text-align: justify;"><br />fonte: http://www.amazonia.org.br/agenda/</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-46444539388950132009-10-28T06:28:00.000-07:002009-10-28T06:28:00.174-07:00CONVOCATORIA PÚBLICA CONSULTORIA INTERNACIONALLa Secretaría Técnica del Fondo para el Desarrollo de los Pueblos Indígenas de<br />
América Latina y El Caribe requiere contratar los servicios de un/a:<br />
OFICIAL DE PROYECTO<br />
Apoyo al Programa de Desarrollo con Identidad del Fondo Indígena enfocado al<br />
Buen Vivir/Vivir Bien Comunitario de los Pueblos Indígenas de América Latina y El<br />
Caribe. 1ra Etapa.<br />
El proyecto tiene como objetivo, articular cuatro plataformas subregionales,<br />
(centroamericana, andina, amazónica, cono sur) de concertación, capacitación y gestión<br />
del desarrollo con identidad de los pueblos indígenas de América Latina y El Caribe, en<br />
relación directa e interacción con los Estados, cooperación al desarrollo, academia y<br />
transversalizando el tema de mujer indígena.<br />
El proyecto cuenta con tres componentes principales:<br />
Componente 1: Apoyo técnico a la gestión de proyectos innovadores, productivos locales<br />
de relevancia y de beneficio económico a las organizaciones, comunidades y pueblos<br />
indígenas participantes.<br />
Componente 2: Consolidación institucional y de representación de los pueblos indígenas<br />
a nivel local, regional, nacional e internacional, participando de la toma de decisiones<br />
sobre sus procesos de desarrollo, a través del diseño y ejecución de políticas públicas<br />
sobre pueblos indígenas.<br />
Componente 3: Fortalecimiento de la capacidad de líderes y técnicos de las<br />
organizaciones indígenas en la gestión para el cumplimiento de los derechos indígenas a<br />
la luz de los derechos constitucionales e internacionales.<br />
L@s postulantes deberán reunir los siguientes requisitos (indispensables):<br />
i. Profesional universitario con grado mínimo de Licenciatura en las áreas de ciencias<br />
económicas, sociales o humanas<br />
ii. Formación a nivel de postgrado en el área de Desarrollo o gestión de proyectos<br />
iii. Pertenecer a un país miembro del Fondo Indígena.<br />
iv. Preferentemente pertenecer a un Pueblo Indígena<br />
v. Poseer experiencia probada en diseño, formulación, ejecución y evaluación de planes,<br />
2<br />
programas y proyectos indígenas.<br />
vi. Sólidos conocimientos y experiencia demostrada en preinversión e inversión de<br />
programas y proyectos.<br />
vii.Conocimiento de la situación de los Pueblos Indígenas a nivel de América Latina y El<br />
Caribe.<br />
viii.Experiencia de trabajo en concertación con Pueblos Indígenas, Gobiernos y<br />
Cooperación Internacional.<br />
ix. Manejos de sistema de administración de proyectos y software básicos.<br />
x. Capacidad de sistematizar experiencias.<br />
Los postulantes deberán tener como atributos humanos:<br />
i. Excelentes habilidades de comunicación y facilidad de trabajo en equipos<br />
interculturales.<br />
ii. Afinidad para trabajar con pueblos, organizaciones y comunidades indígenas.<br />
iii. Facilidad para redactar informes<br />
iv. Disponibilidad para trabajar en la sede del Fondo Indígena ubicada en La Paz, Bolivia,<br />
con dedicación exclusiva.<br />
v. Disponibilidad de incorporación inmediata.<br />
vi. Gozar de buena salud<br />
Los(as) interesados(as) deben enviar en primera instancia su hoja de vida con una carta<br />
de intenciones en la que indique su pretensión salarial hasta el día 10 de noviembre de<br />
2009 a la siguiente dirección electrónica:<br />
Duración de la consultoría: un año<br />
Referencia: Oficial del Proyecto Desarrollo con Identidad del Fondo Indígena<br />
Dirección: Secretaría Técnica del Fondo Indígena<br />
Dirección electrónica: fi@fondoindigena.orgUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-18962936314250797112009-10-09T10:12:00.000-07:002009-10-29T05:13:47.825-07:00Funai pode defender índio integrado à sociedade, diz TJ<div style="text-align: justify;">A Seção Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) reconheceu o direito da Funai (Fundação Nacional do Índio) de defender os índios integrados à sociedade. O mandado de segurança foi concedido pela turma nesta quarta-feira. Sabadino Ferreira foi julgado e condenado em regime fechado em Dourados. A Procuradoria<br />Especial Federal da Funai tentou representá-lo, mas o magistrado da 3ª Vara Criminal de Dourados não aceitou a defesa dos procuradores. Ele argumentou que o órgão federal não pode representar indígena já integrado à sociedade e encaminhou o caso à defensoria pública.<br />A Funai recorreu ao TJ/MS e obteve decisão favorável na Seção Criminal. O desembargador João Carlos Brandes Garcia destacou que a Funai tem assistênciam jurídica mais especializada para lidar com as singularidades do indígena e do aldeamento que lhe é peculiar. O desembargador entende que a atuação da defensoria pública não pode ser exclusiva e sim compartilhada, e o fato de o indígena ser integrado ou não à sociedade em nada compromete o patrocínio da defesa pelos procuradores da FUNAI. O magistrado finalizou seu voto destacando que a Constituição Federal, em seu artigo 134, ao instituir a criação da Defensoria Pública não lhe concedeu exclusividade no atendimento aos necessitados, admitindo que outros órgãos ou entidades possam fazê-lo, sem que isso constitua a usurpação daquela competência constitucional.<br /></div><br />HOME PAGE CAMPO GRANDE NEWS, 07.10.2009<br />Edivaldo Bitencourt<br /><br />Fonte: Clipping da 6ªCCR do MPF.Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-45633701794108397732009-10-07T10:07:00.001-07:002009-10-29T05:50:34.265-07:0006/10/2009 - 13:37 - MPF/MS quer indenização milionária de articulista que cometeu racismo contra índios<div style="text-align: justify;">O Ministério Publico Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS), por meio do procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida, ajuizou ação civil pública por danos morais em face de autor de artigo racista. O artigo foi publicado no jornal O Progresso em 27 e 28 de dezembro de 2008, com termos ofensivos aos indígenas da região. Em junho, o MPF ajuizou ação criminal contra o articulista pelo mesmo delito - racismo. A ação foi recebida pela Justiça Federal de Dourados e agora o articulista é réu em processo penal.<br />O racismo é previsto no Artigo 20, da Lei n.º 7.716/89: "Praticar, induzir ou incitar discriminação ou preconceito de raça ou etnia". No caso da ação criminal, quando o delito é cometido nos meios de comunicação social, a lei estipula pena de dois a cinco anos de prisão e multa.<br />Já na presente ação por danos morais, a indenização pleiteada pelo MPF é o pagamento de um salário mínimo por membro das comunidades indígenas do estado. Mato Grosso do Sul tem hoje cerca de setenta mil indígenas. A indenização, se estipulada pela Justiça, pode passar dos trinta milhões de reais. O valor eventualmente pago pelo articulista deverá ser destinado para melhoria das condições de assistência aos indígenas da região de Dourados.<br />Artigo polêmico<br />O artigo que provocou as ações judiciais por parte do MPF foi publicado em 27 e 28 de dezembro de 2008, sob o título "Índios e o Retrocesso". Nele, o articulista utilizou os termos "bugrada" e "malandros e vadios" para referir-se aos índios da região de Dourados. Afirmou, ainda, que eles "se assenhoram das terras como verdadeiros vândalos, cobrando nelas os pedágios e matando passantes".<br />Em outro trecho, critica a cultura indígena: "A preservação de costumes que contrariem a modernidade são retrocessos e devem acabar. Quanto a uma civilização indígena que não deu certo e em detrimento disso foi conquistada pela inteligência cultural dos brancos, também é retrógrada a atitude de querer preservá-la". Também é contrário ao respeito à organização social, a cultura, crenças e tradições indígenas, mandamento constitucional confirmado como cláusula pétrea: "Em nome da razão e dos avanços culturais modernos civilizados, os palacianos parlamentares brasileiros deveriam retirar imediatamente a tutela constitucional exercida comodamente sobre os costumes ultrapassados dos índios aculturados".<br />O articulista também se insurgiu contra o processo de demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul: "O que necessitamos, com maturidade responsável, é dar urgente finalidade social e produtiva a todos os quinhões brasileiros, inclusive aqueles ocupados por índios malandros e vadios". Para o MPF, o trecho reproduz um estereótipo racista que sempre foi associado aos indígenas, como o de serem preguiçosos e pouco afeitos ao trabalho, incitando a discriminação étnica.<br />Tal afirmação externa a idéia de que os índios são vagabundos e que as terras por eles ocupadas são improdutivas. "A manifestação intolerante assevera algo ainda mais grave, pois prega a destinação de terras indígenas para o agronegócio, com o consequente extermínio da diversidade indígena", afirma o procurador na ação.<br />Chamado a explicar-se perante a 1ª Vara da Justiça Federal de Dourados, em fevereiro deste ano, o articulista reafirmou os termos, acrescentando ainda que " tipificamos como bugres índios que levam ossadas, plantando-as em terras do seu interesse, para que esses locais sejam reconhecidos como terra dos índios".<br />Para o MPF, a defesa da liberdade de imprensa ou de opinião esbarra no supremo princípio constitucional da igualdade. "Não há princípios nem direitos absolutos. Pretender lícito que alguém esparja lama sobre o bom nome alheio, impunemente, é esquecer que todo direito encontra limites". Isso é reforçado pela Constituição Federal, que manda punir qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais, incluindo-se aí a prática do racismo.<br />Dano moral<br />O pedido do MPF, relativo à reparação de dano moral coletivo, inclui-se nas hipóteses onde exista um ato ilícito que possui pouca relevância quando valorado individualmente, porém assume grandes proporções frente à coletividade, afetando-lhe o senso comum. "É o que se verifica no caso dos autos. Trata-se de um ilícito, cujos efeitos atingiram a comunidade indígena, com árdua mensuração individual, mas de inegável repercussão coletiva".<br />Para o MPF, "as palavras do articulista revelam atitudes incompatíveis com a convivência com a diversidade em um Estado Democrático de Direito, uma vez que seu ato maculou a imagem pública dos índios com um discurso absolutamente intolerante e de agressão étnica, com a consequente necessidade de reparação".<br />Assessoria de Comunicação Social<br />Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul<br /><br />fonte: Procuradoria da República - MS</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-54034953148610555422009-09-23T12:38:00.003-07:002009-09-23T12:40:10.681-07:00IX Semana de Extensão da UnBO Núcleo de Estudos e Pesquisas dos Direitos dos Povos Indígenas, no âmbito das atividades da IX Semana de Extensão da UnB, convida para participar dos debates da mesa redonda indicada abaixo. Sua presença é muito importante! Não deixe de participar! <br />
<br />
Dia 02/10, das 14h às 17h - debate<br />
O Estatuto da Criança e do Adolescente e os Povos Indígenas<br />
Coordenação: Ela Wiecko Volkmer de Castilho<br />
Público: estudantes, advogados indígenas, técnicos da FUNAI entre outros<br />
Unidade Executora: Faculdade de Direito (FD)<br />
Objetivo: Apresentar o problema e debater os limites da intervenção do direito estatal.<br />
Local: Sala AT-5/6, Prédio da FA, UnB.<br />
Informações: 33072349<br />
<br />
<br />
1) Faça sua inscrição até dia 27/09, na página: http://www.semanadeextensao.unb.br/,<br />
2) Multiplique a informação e repasse o convite à outros interessados.Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-4519703460033442762009-09-23T11:46:00.001-07:002009-09-23T11:48:05.940-07:00Comunicado do CINEPO CENTRO INDÍGENA DE ESTUDOS E PESQUISAS – CINEP está realizando o levantamento das publicações produzidas por indígenas no Brasil. <br />
Esse levantamento será sistematizado num banco de dados que ficará acessível para pesquisas e subsídio técnico. <br />
Solicitamos a todos os indígenas que nos encaminhe seu material, constando no referido documento os créditos e seus respectivos contatos. <br />
Agradecemos a colaboração de todos. <br />
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Atenciosamente, <br />
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CINEP <br />
(61) 3225-4349 <br />
cinep@cinep.org.brUnknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-62272081792296117122009-09-21T17:43:00.000-07:002009-09-21T17:43:48.545-07:00Tutela jurídica dos índios em face do meio-ambiente culturalO título em epígrafe foi tema debatido na segunda mesa, do I Seminário de Direito Ambiental, promovido pela EMAG (Escola de Magistrado da Justiça Federal da 3ª Região) em parceria com a ESA (Escola Superior de Advocacia) e OAB/MS, coordenados pelos diretor da EMAG, desembargador federal Newton de Lucca, realizado em Campo Grande nos dias 10 e 11 do corrente. <br />
O tema é bastante complexo e insipiente. Fiz parte da mesa como expositor. Por vezes, quando se fala em demarcações de terra indígena, os desavisados e ignorantes de plantão afirmam que 12% do território brasileiro pertencem às nossas populações. Tal assertiva demonstra o total desconhecimento com a questão a exemplo de outras questões relacionadas aos nossos povos, senão vejamos:<br />
A tensão existente entre a proteção ambiental e os nossos povos indígenas no Brasil, ocorre principalmente em relação às unidades de conservação e as terras indígenas. O meio ambiente e os direitos dos povos indígenas são protegidos constitucionalmente; Tanto as unidades de conservação como as terras indígenas são bens da União, portanto, são bens públicos;<br />
A proteção do meio ambiente visa à preservação para as presentes e futuras gerações e em relação às terras indígenas tem como objetivo a reprodução física e cultural dos índios e a ocupação tem caráter permanente, portanto garantindo preservar a presente e futuras gerações;<br />
Apresento textualmente os artigos 225 e o 231 para que o leitor verifique a pertinência de ambos os direitos serem devidamente protegidos. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-los e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. <br />
231. ...as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividade produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultura, segundo seus usos, costumes e tradições.<br />
Há várias características comuns entre as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, mas, importantes diferenças são percebidas. As Unidades de Conservação são constituídas por ato administrativo de forma constitutiva e as terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas o ato administrativo é meramente declaratório vez que tais direitos são originários; As Unidades de Conservação poderá ter seu espaço definido por vontade do Poder Público, já as terras indígenas diferentemente ocorre, tendo em vista a ocupação tradicional; O Poder Público poderá mediante desapropriação promover a desocupação das populações ora existentes na área a ser elegida em relação as terras indígenas.<br />
As Unidades de Conservação ocorre mediante Decreto constitutivo e as Terras Indígenas por meio de Decreto declaratório. No primeiro caso conforme o próprio nome diz está a constituir direito o que significa desconstituição de direitos para terceiros. No caso das terras indígenas o ato é meramente declaratório, portanto, nada mais faz que reconhecer direitos pré-existentes dos indígenas.<br />
Para o professor mestre em direito Vilmar Martins Moura Guarani, a maioria das áreas preservadas no Brasil se dá onde as populações indígenas se fazem presente, ou seja, em praticamente 12% do território nacional. há que se ter um diálogo permanente entre os órgãos governamentais federais estaduais e municipais, aqueles que têm a dever de proteger e preservar o meio ambiente e as populações indígenas. Nesse dialogo obrigatoriamente há de se fazerem presente as populações indígenas diretamente interessadas conforme preceitua os instrumentos internacionais de proteção aos direitos indígenas como a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, A Convenção da Diversidade Biológica – CDB e a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas da ONU., quando medidas administrativas ou legislativas possam afetar as terras indígenas.<br />
A priori é inconstitucional o estabelecimento de Unidades de Conservação sobrepostas às terras indígenas, em razão dos direitos territoriais indígenas serem direitos originários e nenhum outro direito posterior poderá incidir sobre esses, sob pena de se tornarem nulos e extintos não produzindo diretos. Os direitos territoriais indígenas não são atos constitutivos e sim declaratórios, portanto pré-existente a própria formação do Estado brasileiro. <br />
Não bastasse toda cobiça encetada sobre as terras indígenas alem de madeireiros, mineradores, criadores temos ainda que se preocupar com os conservacionistas que afirmam que nós os índios exercemos pressão predatória ao meio ambiente. Estamos entre a cruz e a espada literalmente, já que 80% dos 12% pertencente aos territórios indígenas estão sobrepostos áreas de Conservação Ambiental federal estadual e até municipal como é o caso da cidade de São Paulo.<br />
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Wilson Matos da Silva - É Índio residente na Aldeia Jaguapirú, Advogado, Pós-graduado em Direito Constitucional, Presidente da OABMS (CEAI OAB/MS), e Diretor Regional do ODIN/MS (Observatório Nacional de Direitos Indígenas no MS)<br />
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Fonte: http://www.progresso.com.br/not_view.php?not_id=42589Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1278236337573810598.post-1595207822823264012009-09-14T13:07:00.000-07:002009-09-14T13:07:38.148-07:00ENSINO SUPERIOR INDÍGENAOs índios estão enfrentando dificuldades para concluir o ensino superior no Brasil. Apesar das ações afirmativas do governo federal, levantamento inédito do Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinep), ao qual o Correio teve acesso com exclusividade, revela que pelo menos 20% (1,2 mil) dos cerca de 6 mil estudantes indígenas de cursos de graduação de todo o país (leia quadro) não conseguem terminar seus estudos. A entidade aponta o preconceito, a língua, a ausência de conteúdo básico das etapas iniciais da atividade escolar, além do baixo valor das bolsas, como as principais causas da evasão indígena nas universidades. Para tentar frear a debandada, as etnias reivindicam a criação de instituições exclusivas e a inserção de disciplinas com temática específica dessa parcela da população. <br />
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A explosão do acesso dos índios às universidades não veio acompanhada de políticas para garantir a permanência deles na educação superior, segundo Gersem Baniwa, diretor-presidente do Cinep. “Falta apoio do governo e uma maior preparação dos estabelecimentos de ensino, principalmente no início, quando os indígenas sentem mais dificuldades de adaptação e inserção no ambiente acadêmico. Existem medidas em construção, mas, por enquanto, nada de concreto”, afirma ele, que é doutorando pela Universidade de Brasília (UnB). “Uma das soluções para reduzir a grande evasão é a criação de universidades próprias para índios. A adaptação seria mais fácil e compreensiva”, sugere. <br />
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O diretor de diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC), Armênio Schmidt, rebate as críticas de Baniwa, que também trabalha na pasta, e diz que o governo federal tem se empenhado na busca de um ambiente ideal não só aos índios, mas também aos negros e a outras minorias. “Recebemos muitas reivindicações de acesso e manutenção, inclusive essa proposta de criação de universidades específicas. Na avaliação do MEC, ainda não é o momento de setorizar o ensino superior. Temos que investir em diversidade. Criar um estabelecimento somente para índios hoje seria, talvez, um processo inverso do que estamos fazendo, mesmo respeitando as demandas desse grupo”, explica Schmidt. <br />
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Guetos <br />
Para Schmidt, criar universidades específicas de índios seria como formar guetos. “Não sei se é o termo certo, mas é mais positivo ampliarmos a participação dos indígenas em todos os cursos nos estabelecimentos existentes. Queremos inserir as demandas desse grupo com as demais ações de políticas públicas”, observa. Outro empecilho, de acordo o diretor do MEC, seria o corpo funcional. “Para a universidade ser indígena, deverá ter professores e reitores índios. Ainda não temos quadro suficiente para isso. Não existem profissionais formados suficientes para preencher essas vagas. Para fazer concurso, há uma série de exigências”, acrescenta. <br />
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Professor emérito de antropologia da UnB, Roque Laraia também vê com restrição a criação de universidades específicas de índios. “Nos Estados Unidos, deu certo. No entanto, aqui, com 220 povos falando 180 línguas, é mais complicado. Não sou contra, mas acho difícil”, opina. “Geralmente, o movimento indigenista fala de forma unificada, mas, o que pode ser bom para um grupo, pode não ser viável para outros”, diz. <br />
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Dos 6 mil universitários indígenas, pelo menos 4,1 mil estão se preparando para ensinar outros índios. Eles recebem uma bolsa de até R$ 1,2 mil para custear despesas de transporte, alimentação e habitação. “Em Brasília, por exemplo, esse valor atinge o teto, mas ainda é pouco, considerando o alto custo de vida da capital”, salienta Gersem Baniwa. Outro problema é que a bolsa atende somente aos estudantes de licenciatura. “Apresentamos um projeto ao Congresso que, se aprovado, vai nos permitir pagar bolsas para estudantes de outros cursos”, observa Schmidt. <br />
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Adaptação é um problema <br />
Estudar fora da cidade de origem é um desafio para qualquer pessoa. Para os índios, esse obstáculo parece ser ainda maior. A cultura, a língua, a comida, o clima, as amizades. Tudo influencia. É o caso da estudante de engenharia florestal da Universidade de Brasília (UnB) Suliete Gervásio, 22 anos, que gosta do ambiente acadêmico, mas ainda não está adaptada. “É muito difícil morar longe de casa. Tudo aqui é diferente. O que mais sinto falta é de peixe fresco e de tucupi”, afirma. Integrante da etnia Taperera, situada às margens do Rio Negro, no Amazonas, Suliete também sofre com o conteúdo das aulas na universidade. “Como tive um ensino básico fraco, se comparado ao conteúdo exigido pela UnB, fica difícil acompanhar as disciplinas”, admite. <br />
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Em 2009, completam-se dois anos que a jovem trocou o Amazonas pelo Distrito Federal. “Esse grande esforço vai valer a pena, pois quero ajudar o meu povo”, diz. Moradora de Sobradinho, Suliete reclama do baixo valor da bolsa para se manter na capital. “Não é suficiente para pagar aluguel, transporte e alimentação. Ainda bem que meus pais me ajudam”, ressalta. (RC) <br />
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Onde estão as universidades <br />
Até 2008, 43 instituições de ensino superior no país apresentavam alguma ação afirmativa para o acesso de estudantes indígenas. Confira onde encontram-se esses estabelecimentos. <br />
Norte 3 universidades <br />
Nordeste 7 universidades <br />
Sudeste 17 universidades <br />
Sul 12 universidades <br />
Centro-Oeste 4 universidades <br />
Fonte: Cinep <br />
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Rodrigo Couto<br />
Correio Braziliense (Brasília, domingo, 13 de setembro de 2009) - BRASILUnknownnoreply@blogger.com0